Jovens músicos de Osório vão a sessão da Câmara
para saudar proposta de estúdio público.
Foto: Lorenço Oliveira/Momento
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Vereadores aprovaram na última sessão (30) um
pedido de providência para que a prefeitura estude a possibilidade de criar um
espaço que atenda artistas osorienses
Lorenço Oliveira
OSÓRIO –
A Câmara de Vereadores aprovou nesta segunda-feira (30), em sessão ordinária,
que o Poder Executivo estude a possibilidade de se instalar um estúdio musical
público em Osório. A proposta do vereador Lucas Azevedo (PMDB) foi aceita com
unanimidade. O Pedido de Providência vai para o gabinete do prefeito que irá
estudar as formas de realizar ou não a instalação do estúdio.
O pedido de Azevedo tenta atender uma demanda de
bandas e artistas osorienses que precisam de um impulso inicial para suas
carreiras. Durante sua fala, o vereador explicou que Porto Alegre e Canoas
possuem projetos semelhantes e que São Paulo já tem cinco estúdios públicos.
Como contrapartida, os músicos beneficiados com a estrutura de gravação fariam
shows gratuitos à comunidade.
Vereador Lucas Azevedo (PMDB) defendeu criação
de espaço para gravação.
Foto: Lorenço Oliveira/Momento
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O vereador ainda citou que poderia ser feito um
financiamento através do Ministério da Cultura e que os deputados Alceu Moreira
e Gabriel Souza (ambos do PMDB) poderiam ajudar a conseguir este investimento.
O vereador Valério dos Anjos (PDT) também endossou
a proposta, ao dizer que seu filho é músico e que sabe das dificuldades de
iniciar uma carreira.
Ao final do discurso de Azevedo, houve uma salva de
palmas de jovens artistas presentes no plenário. O presidente da Câmara, o
vereador Gilmar Luz (PDT), avisou em seguida que manifestações não são
permitidas durante a sessão. Durante sua fala, Luz citou a possibilidade de que
o possível estúdio possa ser instalado na casa de cultura de Osório.
Dono
de estúdio protesta em rede social
O proprietário de um estúdio musical de Osório repudiou
no Facebook a proposta do vereador Lucas Azevedo. Em postagem na rede social na
última sexta-feira (27), João Paulo Comiotto escreveu, entre outras coisas, que
a criação de um estúdio público não seria justo com os demais donos de
estúdios, que estão há mais de 10 anos em Osório.
“[...] nesse caso você [Lucas Azevedo] vai tirar o ganha pão de
músicos que estão precisando, eu tenho empresa registrada, não é fácil pagar os
impostos necessários por mês, contador receita e tudo mais, ai vem você com esse
projeto. me desculpa mas isso é tirar o pão da mesa de quem esta batalhando
todos dias [...]” (sic), escreveu o dono do estúdio. A postagem teve 32
curtidas, três compartilhamentos e 32 comentários até às 18h desta terça-feira
(31).
*Matéria publicada no jornal Momento do dia 1º de abril de 2015.
Eu achei o texto muito interessante! Para mim foi um convite pra pensar sobre lugar do privado e do público
ResponderExcluirEntendo o ponto-de-vista dos músicos, bem como o do empresário. Ser empresário no Brasil realmente custa MUITO caro. Ao mesmo tempo, me pergunto se deveríamos ser contra a existência de bibliotecas porque não não é justo com as livrarias...