*Reportagem produzida na disciplina de Radiojornalismo 3(2011/1), ministrada pelos professores Luciano Klöckner e Fabio Canatta.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Educação: obrigatoriedade da Filosofia e Sociologia*
*Reportagem produzida na disciplina de Radiojornalismo 3(2011/1), ministrada pelos professores Luciano Klöckner e Fabio Canatta.
Rádiopeça: O Corpo (adaptação de Clarice Lispector)
*Radiopeça adaptada do conto "O Corpo", de Clarice Lispector, produzida na disciplina de Radiojornalismo 4 (2012/2), ministrada pelos professores Sérgio Stosch e João Brito.
Dossiê Olimpíadas: desempenho X incentivo*
Frequência Cultural Nº 3 - Editorial J
Frequência Cultural Nº 2 - Editorial J
Frequência Cultural Nº 1 - Editorial J
A Metáfora do Balão
Você já pensou o que faz um balão voar? É um princípio físico muito simples: o ar quente sobe e o ar frio desce. A atmosfera é formado por várias camadas de ar que se movimentam em diversas direções. Para subir, o piloto aquece o balão ao ponto de ficar mais leve que o ar. Quando alça voo, ele não sabe aonde vai pousar, mas isto não significa que não tenha o controle do voo e do pouso. Assim como na vida, onde vemos vários caminhos, mas as chances de escolha são limitadas. O piloto pode controlar o balão para subir ou para descer, mas não pode guiá-lo para esquerda ou para direita. Estar a bordo de um balão pode causar uma ilusão de liberdade, de que podemos ir para onde quisermos. Mas, assim como agimos durante nossas vidas, o piloto precisa estar sempre atento às correntes de ar. Como as mudanças de rumo que lhe são repentinamente impostas.
Créditos
Direção: Matheus Schuch, Lorenço Oliveira e Tiago Rech
Montagem e Edição de Som: Lorenço Oliveira
Argumento: Matheus Schuch e Lorenço Oliveira
Operador de câmeras: Donaldo Rost e Lorenço Oliveira
Narração: Matheus Schuch
Piloto do balão: Marcos Paulo Silva (RVB balões)
Equipe de resgate: RVB balões
Trilha Sonora:
"Trainspotting"
Composta por Primal Scream
Executada por Primal Scream
Vanishing Point, 1997 ©Cretion Records
Pavane pour une infante defunte
Composta por Maurice Ravel
Executada pela Royal Philarmonic Orchestra
Regida por Barry Wordsworth
©2006 Mediaset Group S.A.
Apoio:
RVB balões
Donald Móveis & Decorações
Este vídeo foi produzido por alunos do 4º semestre do curso de Jornalismo
da PUC-RS, sem fins lucrativos, destinado integralmente à disciplina de Ética e Cidadania, ministrada pelo Prof. Dr. Sérgio Augusto Sardi, durante o primeiro semestre de 2010.
Porto Alegre, Maio de 2010
Instruções para dar corda no relógio*
*Instruções para dar corda ao relógio: tempo para refletir.
Um relógio que fala, um homem que obedece. Quem leva quem? O tempo tem o homem ou o homem tem o tempo? O curta-metragem baseado no conto, Preâmbulo às instruções de dar corda ao relógio, de Júlio Cortázar, e produzido pelos alunos da cadeira de Cinema II, do curso de jornalismo da PUCRS, não é um filme convencional. Seu personagem principal é um antigo relógio que embravecido pelo desdém de seu dono, antes tão fiel, se põe a produzir um diálogo revoltado para provar a ele, e todos nós, como ele é fundamental na vida dos humanos. Camilo (João Pedro Wapler) é um rapaz que possui ações um tanto antiquadas para sua idade. Além disso, é totalmente dependente de seu relógio, objeto que o ajuda a ter esse tipo de comportamento. Quando ele recebe de presente dos seus pais (Rui Koetz e Amélia Ricciolini) um relógio novo e automático uma crise se instala no jovem, que não sabe por qual optar, ou seja, qual obedecer. Instruções para dar corda ao relógio é um filme carregado de tensões, que aborda problemas da nossa era atual com humor e sátira. A obra nos trás um personagem caracterizado ao extremo ( jovem, ansioso e perdido) que não sabe lidar com o seu próprio tempo, não se enquadra em sua época. Tudo isso pela visão de um relógio decidido a provar para todos como o homem precisa da sua companhia.
Voz do relógio: José Alberto Andrade
Garoto: João Pedro Wapler
Pai: Rui Koetz
Mãe: Amélia Ricciolini
Ladrão: Bruno Moraes
Garçom: Pedro Fendt
Garçonete: Luana Bonfrisco
Figurantes: Bibiane Cheuiche, Bruna Ostermann, Carolina Fernandes Martins, Fernanda Grabauska, Giuliana de Toledo, Guilherme Bartz, Humberto Lopes, Roberto Enrich de Castro, Tais Gratchen.
Direção: Nathalia Rech
Roteiro: Fernanda Grabauska
Assistente de Direção: Luiz Silveira
Continuidade: Maya Lopes
Direção de produção: Bruno Moraes
Produção de set: Bruna Ostermann e Sofia Vontobel
Produção de elenco: Pedro Fendt
Direção de fotografia: Fernanda Grabauska
Operação de câmera: Márcia Dal Molin
Direção de arte: Bruna Ostermann e Sofia Vontobel
Produção de arte: Fernanda Grabauska e Sofia Vontobel
Microfonista: Natascha Rotta
Musica original: Guilherme Bartz
Piano: Guilherme Bartz
Piano Guilherme Bartz
Montagem: Lorenço Oliveira
Assistente de Montagem: Bruno Moraes e Guilherme Bartz
Direção musical: Guilherme Bartz
Edição de som e mixagem: Guilherme Bartz
Motoristas: Elenilson Pedroso e Bruno Belmonte
Agradecimentos: Secretaria da FAMECOS, Setor de Meios Auxiliares, Prefeitura do Campus da PUCRS, CPM Centro de Produção Multimídia
Filmado com câmera digital Sony DSR-PD170 3CCD Mini-DV
Montado digitalmente em IMac Core 2 Duo - Final Cut Pro 7
Orientadores: Prof. Glênio Póvoas e Prof. Gustavo Spolidoro
Coordenação Departamento de Jornalismo: Prof. Me. Vitor Necchi
Direção FAMECOS: Profa. Dra. Mágda Rodrigues da Cunha
Cinema II - Noite
FAMECOS www.pucrs.br/famecos
Porto Alegre, julho de 2011
Acessibilidade Digital*
Imprudência digital
O desafio de desenvolvedores em produzir sites com acessibilidade para pessoas com necessidades especiais
Lorenço Oliveira
A internet tem proporcionado avanços surpreendentes para vida do homem moderno. Esta sentença parece ser bastante óbvia e não costuma causar estranhamento a qualquer um que já tenha visto, no mínimo uma vez, uma página de web na tela de um computador. Para grande maioria das pessoas, entrar em sites de notícias, comunicar-se por redes sociais ou a conferir a caixa de e-mails, tornaram-se atividades tão cotidianas quanto escovar os dentes. A realidade, no entanto, não é exatamente esta para quem porta algum tipo de necessidade especial. Atualmente as pessoas deficientes visuais, por exemplo, estão utilizando cada vez mais o computador. Isso se dá através de softwares leitores de tela, capazes de identificar códigos de sites e transmitir as informações através de um sintetizador de voz. Apesar dos avanços significativos na área de acessibilidade, estes programas ainda esbarram na imprudência de um ator fundamental nesta história: o desenvolvedor.
Existem duas leis que regulamentam acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida no Brasil. Ambas são do ano 2000: a Lei n.° 10.048, que dá prioridade de atendimento às pessoas específicas; e a Lei n.° 10.098, que estabelece normas gerais e critérios básicos para promoção de acessibilidade. No entanto, nenhuma delas prevê regulamentação de acessibilidade à informação, mais precisamente, na internet. Até que em 2 de dezembro de 2004, o Decreto n.° 5.296 passa a exigir:
“Art. 47 - No prazo de até doze meses a contar da data de publicação deste Decreto, será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis”.
Quem dita os padrões de acessibilidade na internet é a W3C (The World Wide Web Consortium), liderado pelo criador da Web Tim Berners-Lee e o CEO Jeffrey Jaffe. Consiste num consórcio internacional no qual organizações filiadas, uma equipe em tempo integral e o público trabalham juntos para desenvolver padrões para a Web.
Um estudo recente do Comitê Gestor da Internet no Brasil analisou a aderência dos padrões em páginas HTML, através de um validador automático da W3C. “Dos 6,3 milhões de páginas HTML coletadas, cerca de 91% apresentaram mais de uma incorreção de aderência, apenas 5% estão completamente de acordo com o padrão, e 4% não puderam ser avaliadas”.
A Coordenadora do Departamento de Computação Aplicada da PUCRS e professora Márcia de Borba Campos tem uma hipótese para este número elevado de sites com problemas de acessibilidade. Campos considera os validadores de padrões uma ferramenta indispensável para os programadores, mas ainda assiste, em sala de aula, uma irresponsabilidade dos jovens quanto a estes critérios. “Eu canso de ouvir os meus alunos de programação reclamarem: ‘mas por que precisamos colocar idioma no site?’ Eles não entendem! E para falar a verdade, a grande maioria não entende.”
A internet tem proporcionado avanços surpreendentes para vida do homem moderno. Esta sentença parece ser bastante óbvia e não costuma causar estranhamento a qualquer um que já tenha visto, no mínimo uma vez, uma página de web na tela de um computador. Para grande maioria das pessoas, entrar em sites de notícias, comunicar-se por redes sociais ou a conferir a caixa de e-mails, tornaram-se atividades tão cotidianas quanto escovar os dentes. A realidade, no entanto, não é exatamente esta para quem porta algum tipo de necessidade especial. Atualmente as pessoas deficientes visuais, por exemplo, estão utilizando cada vez mais o computador. Isso se dá através de softwares leitores de tela, capazes de identificar códigos de sites e transmitir as informações através de um sintetizador de voz. Apesar dos avanços significativos na área de acessibilidade, estes programas ainda esbarram na imprudência de um ator fundamental nesta história: o desenvolvedor.
Existem duas leis que regulamentam acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida no Brasil. Ambas são do ano 2000: a Lei n.° 10.048, que dá prioridade de atendimento às pessoas específicas; e a Lei n.° 10.098, que estabelece normas gerais e critérios básicos para promoção de acessibilidade. No entanto, nenhuma delas prevê regulamentação de acessibilidade à informação, mais precisamente, na internet. Até que em 2 de dezembro de 2004, o Decreto n.° 5.296 passa a exigir:
“Art. 47 - No prazo de até doze meses a contar da data de publicação deste Decreto, será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis”.
Quem dita os padrões de acessibilidade na internet é a W3C (The World Wide Web Consortium), liderado pelo criador da Web Tim Berners-Lee e o CEO Jeffrey Jaffe. Consiste num consórcio internacional no qual organizações filiadas, uma equipe em tempo integral e o público trabalham juntos para desenvolver padrões para a Web.
Um estudo recente do Comitê Gestor da Internet no Brasil analisou a aderência dos padrões em páginas HTML, através de um validador automático da W3C. “Dos 6,3 milhões de páginas HTML coletadas, cerca de 91% apresentaram mais de uma incorreção de aderência, apenas 5% estão completamente de acordo com o padrão, e 4% não puderam ser avaliadas”.
A Coordenadora do Departamento de Computação Aplicada da PUCRS e professora Márcia de Borba Campos tem uma hipótese para este número elevado de sites com problemas de acessibilidade. Campos considera os validadores de padrões uma ferramenta indispensável para os programadores, mas ainda assiste, em sala de aula, uma irresponsabilidade dos jovens quanto a estes critérios. “Eu canso de ouvir os meus alunos de programação reclamarem: ‘mas por que precisamos colocar idioma no site?’ Eles não entendem! E para falar a verdade, a grande maioria não entende.”
A professora explica que a ideia de colocar a
opção de idiomas não é apenas de possibilitar a leitura para pessoas de
diferentes países. A opção permite, por exemplo, que um leitor de tela para
cegos identifique aquele idioma e selecione corretamente uma voz sintética
daquela língua.
A psicóloga Lêda Lucia Spelta é uma das primeiras pessoas cegas a trabalhar com informática no Rio de Janeiro, em 1974. Foi programadora, analista de sistemas e de suporte, alem de coordenar equipes em empresas públicas e privadas. Desde 2001, tornou-se especialista em acessibilidade na web, trabalhando com consultorias, escrevendo artigos e palestrando para empresários e webdesigners. Em artigo publicado em seu site, Spelta revela a existência de uma série de mitos sobre acessibilidade na web. Entre os itens listados pela psicóloga está o de que “fazer um site acessível demora e custa caro”.
A psicóloga Lêda Lucia Spelta é uma das primeiras pessoas cegas a trabalhar com informática no Rio de Janeiro, em 1974. Foi programadora, analista de sistemas e de suporte, alem de coordenar equipes em empresas públicas e privadas. Desde 2001, tornou-se especialista em acessibilidade na web, trabalhando com consultorias, escrevendo artigos e palestrando para empresários e webdesigners. Em artigo publicado em seu site, Spelta revela a existência de uma série de mitos sobre acessibilidade na web. Entre os itens listados pela psicóloga está o de que “fazer um site acessível demora e custa caro”.
Para o
desenvolvedor e analista em Qualidade de Softwares do Dataprev (Empresa de
Tecnologia e Informações da Previdência Social), Nelson Azambuja Jr., falta
consciência global sobre a importância da acessibilidade na web. “O que acaba acontecendo é que as empresas e
desenvolvedores em geral, optam por querer ‘economizar’ em recursos e
conhecimento, favorecendo as questões que consideram mais importantes no
desenvolvimento”. Azambuja acredita que
a não conformidade dos requisitos de acessibilidade está na implementação dos padrões por parte dos profissionais.
“É necessário que eles [desenvolvedores e
webdesigners] conheçam os padrões e adaptem a construção dos sites”.
Sendo uma empresa governamental, o Dataprev atende as recomendações do
Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico, o e-MAG 3.0. Azambuja ressalta que estas adaptações
previstas pelo modelo vão desde a elaboração do conceito de navegação e design,
até a programação propriamente dita. “O uso de JavaScript, por exemplo, deve
ser feito com extrema cautela, para que não seja incompatível com os leitores
de tela para deficientes visuais”. Entre outros desafios, o analista do
Dataprev questiona que os próprios softwares de leitura de tela não seguem um
padrão universal, problema semelhante ao que ainda acontece em relação aos
diversos navegadores existentes. “Um site pode funcionar bem com uma versão e
simplesmente não funcionar com outra”.
*Reportagens produzidas na disciplina de Projeto Experimental Online (2012/2), ministrada pelas professoras Andreia Mallmann e Karen Sica.
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