Grupo formado por professores e vereadores deverá
definir critérios sobre benefício e levar proposta ao Executivo, que irá
analisar e encaminhar para votação na Câmara
Segunda
reunião entre lideranças de escolas, sindicato, conselho e vereadores não
chegou a um consenso sobre a proposta a ser encaminhada à prefeitura. Foto:
Lorenço Oliveira/Momento
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OSÓRIO
- O plenário da Câmara dos Vereadores decidiu nesta quarta-feira (11) pela
criação de uma comissão que irá discutir o “difícil provimento” de professores
e funcionários de escolas municipais de Osório. Em reunião, lideranças e
vereadores não chegaram a um consenso sobre os critérios para o recebimento do
benefício pelas instituições.
Cinco professores e
três vereadores (um de cada bancada), juntamente do Conselho Municipal de
Educação e do Sindicato dos Professores de Osório, deverão se reunir para
definir uma proposta a ser apresentada ao Executivo. Formam a comissão os
vereadores Rossano Teixeira (PP), Ed Moraes (PMDB) e o presidente da Câmara
Gilmar Luz (PDT). O principal objetivo do grupo é acertar os três respectivos
percentuais de pagamento para cada distância entre as escolas e a sede do
município.
Durante a reunião de
ontem discutiu-se primeiramente o que seria a definição de sede. O vereador
Rossano Teixeira argumentou que a sede de um município é todo o perímetro
urbano da cidade, o que deixa de fora os distritos. O plenário, no entanto,
divergiu da ideia e definiu que a “sede do município” seria interpretada como a
sede do Executivo, ou seja, o prédio da prefeitura.
Na reunião da semana
passada ficaram estipuladas quatro regras: distância da sede; acesso;
transporte; e, vulnerabilidade social. Além disso, no primeiro encontro ficou
decidido que o percentual seria fixo: “15% do vencimento do cargo”. Ontem, os
professores voltaram a debater este índice e não chegaram a um acordo.
O secretário municipal
da educação Dilson Maciel defendeu a lei como está. “Não acho justo ter que
encaminhar um professor para a Baixada e outro para o Centro, sendo que os dois
receberão o mesmo valor de benefício”, justificou Maciel. “Esta conta vai cair
algum dia no colo de alguém, seja da situação ou da oposição”.
Entre as diversas
opiniões que surgiram, destacou-se a de uma professora. Ela disse que os
educadores ali presentes não teriam conhecimento suficiente sobre quais
percentuais seriam adequados para a lei. “O prefeito jogou a gente aqui [na
Câmara] para a gente se matar discutindo”, criticou a educadora.
Após um bate-boca entre
professores e vereadores, onde alguns educadores estavam insatisfeitos de que
aquele encontro estaria sendo inútil. Um professor conseguiu ser sensato:
“Proponho que uma
comissão decida estes critérios, pois é preciso estudar de forma técnica,
porque cada escola está defendendo o seu interesse”, sugeriu o professor e diretor
da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Enet, Antônio Valdir Cardoso, do
bairro Baixada.
Assim que a discussão
se acalmou, surgiu a ideia de criar um grupo menor que pudesse resolver as
questões separadamente. O presidente Gilmar Luz definiu os professores que
integrariam a comissão e anotou um breve esboço de um ponto de partida (veja o quadro). A previsão de Luz é que
a Lei seja votada até o fim de março.
O grupo deverá se
reunir hoje à tarde juntamente com a presidente do Sindicato dos Professores de
Osório Hermínia Ferri Viganó e a presidente do Conselho Municipal de Educação
Naura Martins. Assim que for definida a proposta, ela será novamente apreciada
em reunião na Câmara antes de ir para o Executivo. Em seguida, o prefeito
Eduardo Abrahão deverá analisar e encaminhar o projeto para ser votada pelo
Legislativo.
Percentuais esboçados, ainda não aprovados:
Critério 1:
Distância entre escola e sede do município (prédio da prefeitura).
5%:
para quem não possui transporte regular que atenda os horários de funcionamento
da escola;
10%:
escolas localizadas de 3 km a 5,999 km da sede;
15%:
escolas localizadas de 6 km a 8,999
km da sede;
20%:
escolas localizadas acima de 9 km da
sede.
Critério 2:
Vulnerabilidade social:
- As escolas que se
enquadrarem apenas neste critério receberão
10% de benefício;
- Será somado o
percentual de 5% para aquelas
escolas que se enquadrarem em mais de um critério;
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