Brigada Militar em Osório acredita que maior parte dos assassinatos são ligados a disputas de tráfico de drogas
Lorenço Oliveira
OSÓRIO - De janeiro a setembro deste ano foram registrados doze assassinatos em Osório. O número é seis vezes maior que no mesmo período em 2013. Em relação ao total do ano passado (quatro homicídios), é o triplo. A informação é da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, que divulgou ontem (5) um balanço dos indicadores criminais dos nove primeiros meses do ano. É o pior desempenho desde 2002, quando começaram a ser contabilizados os dados.
No Litoral Norte, Osório é o município com o maior número absoluto de homicídios. Capão da Canoa e Tramandaí registraram onze assassinatos cada um, nos três primeiros trimestres do ano. Em seguida vem Torres com oito e Balneário Pinhal com seis.
Segundo a SSP, neste ano, os homicídios em Osório começaram em fevereiro, com dois assassinatos. Em março, o número disparou para sete. Em abril, aumentou para nove. Maio, julho e setembro tiveram um homicídio em cada mês.
Para o Major Comandante do 8° Batalhão da Brigada Militar (BPM), Valdeci Antunes dos Santos, este número não espanta. “A maior parte destes homicídios são ligados a disputa de tráfico de drogas e alguns de retaliações de ações passadas”, explica o Major. Informado sobre números de outros anos, Santos vê uma diferença nos números de 2008. Segundo a SSP, foram registrados apenas dois assassinatos. “Com certeza foi mais do isso. Pois houve muitas prisões neste ano. Mas a diferença é compreensível, pois as fontes variam muito”, informa.
Os índices de roubos e furtos de veículos também aumentaram. Entre janeiro e setembro, houve um aumento de 43%, de 67 para 99. No entanto, houve uma redução de 28% em outros roubos e furtos, de 1013 para 733.
Em todo o Estado, o índice de homicídios dolosos cresceram 19,6% em relação aos três trimestres do ano passado. Foram 1.697 assassinatos neste critério, contra 1.419 de 2013. Com relação aos latrocínios (roubos seguidos de morte), houve uma redução de 19%, de 105 casos para 85.
*Matéria publicada na edição de 6 de novembro do jornal Momento.
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